Desenvolvido em colaboração com a artista visual Estelle Flores, este site traz a público a primeira versão em língua portuguesa de conteúdos relacionados ao Diagrama de Contextos de Performance / Teatro, cujo texto fonte foi desenvolvido pelo artista e pesquisador Boris Nieslony e pelo teórico Gerhard Dirmoser. A tradução para o português vem sendo desenvolvida nos últimos anos como possibilidade de leitura do Diagrama e das questões que se apresentam na sua navegação. Trata-se de uma prática em aberto e sem prazo para conclusão. Ela é dedicada a sociedade de artistas e a todxs xs brasileirxs.
Margit L. em abril 2020 - link!!!!!
Programação:
RASTRO – NÃO SEI POR ONDE IR MAS O MEU CORPO SABE
EXPOSIÇÃO
27 de março a 13 de abril, aberto de terça a sábado das 14h às 20h30 na Galeria Ponto de Fuga
A exposição, organizada pelas artistas Erica Storer e Margit Leisner, é construída com base em registros de performances. Fotografias, vídeos, textos, publicações e relíquias que formalizam a ação de onde surge a imagem. Mais do que apresentar registros para um recorte temporal ou histórico da performance arte, o que se pretende é apresentar imagens do corpo no contexto da ação. Em que medida é possível uma equivalência: entre uma performance realizada e a imagem propagada para além daquele instante? Fotógrafos, artistas, críticos de artes e o público são todos protagonistas das narrativas que servem de referência para uma história da performance. A exposição oferece pistas e possibilidades de apreensão da live art para além do tempo presente.
Organização: Margit Leisner e Erica Storer / Realização: Farol Arte e Ação / Apoio: Galeria Ponto de Fuga
Classificação Livre | PERMANENTE | Curitiba-PR | GRATUITO
OFICINA PERMANENTE – COMO FALAR SOBRE PERFORMANCE?
OFICINA | PERFORMANCE
28, 29 e 30 de março e 2 de abril das 10h às 17h na Plataforma Flex – PF
A Oficina Permanente: Como falar sobre Performance? é uma plataforma contínua para estudos da ação. O programa tem caráter prático e neste módulo inaugura abordagens sobre o ato de registro de performances, estabelecendo a base de simultaneidades que é própria de cada prática, a da performance e a do ato do seu registro. Assim sendo, os participantes da oficina de registro de performance participam também do laboratório de práticas de performance que é de onde surge o vocabulário que será articulado ao longo do trabalho.
Coordenação: Margit Leisner / Orientadores: Margit Leisner e Alexander Del Re (Chile)
Classificação 18 anos | 20 horas | Curitiba-PR | 10 vagas | GRATUITO
MOSTRA DE PERFORMANCE – O CORPO COMO ARQUIVO
A Mostra de Performance – O Corpo como Arquivo, reúne seis artistas visuais de diferentes gerações que atuam em diversas redes ao redor do mundo. Tendo em comum o fato de que desde os seus primórdios a gestão do campo da performance se dá em redes e à partir das demandas e iniciativas dos próprios artistas, esta mostra apresenta seis posicionamentos em relação à este campo. Um dos pressupostos desta plataforma é o sentido que cada um dos trabalhos ganha estando em vizinhança com outros.
COSMIC BLURING BALLS
PERFORMANCE
02 de abril às 16h na Galeria Ponto de Fuga
Esta performance nasce de um exercício quântico da busca interior de potência poética. A busca em seu processo reside na essência do ser que através da presença deseja a consciência de que toda a materialidade visível são também energias manifestas. Neste processo de investigaação a escuta e auto-observação são sentidos canalizados para uma conexão com o espaço e o tempo. Os sentidos conectam e canalizam, buscam e encontram, expandem-se e se retraem…quicam. Manifestam sua existência entre a ausência e presença. Como se os corpos pudessem ser apenas “corpos celestes” em suas jornadas cósmicas.
Artistas: Adriana Tabalipa
Classificação 18 anos | aproximadamente 30min | Rio de Janeiro-RJ | GRATUITO
ENQUANTO É TEMPO
PERFORMANCE
02 de abril às 17h na Galeria Ponto de Fuga
A performance retrata um presente distópico, de uma época envolvida por desgastes políticos e sociais. Enquanto é tempo, busca através da força física a imagem do corpo que arca com peso de um passado que volta à tona.
Artista: Erica Storer
18 | aproximadamente 30 | Curitiba-PR | GRATUITO
CÉU DA BOCA
PERFORMANCE
02 de abril às 18h na Galeria Ponto de Fuga
O mito é o sujeito central que dá significação a um ritual e cria narrativas para arquétipos. Como e por que esses topoi heroicos são traduzidos em trabalhos de performance? O pensamento de uma arte contemplativa é subtraído de um confronto que exige a investigação por parte do espectador de acordo com os códigos e referências de sua própria cultura. Através de abordagens imersivas dentro de contextos culturais e antropológicos, o artista é motivado por questões como legado e tradição, e de como a arte pode ser um conservatório e transmissor desses agentes.
Artista: Eduardo Amato
Classificação 18 anos | aproximadamente 30min | Curitiba-PR | GRATUITO
FORÇA ESTRANHA
PERFORMANCE
03 de abril às 16h na Galeria Ponto de Fuga
As performances de Margit partem de uma pré-figuração (imagem) para se realizarem como presente. Em seus trabalhos ela utiliza materiais do cotidiano para revelar imagens conhecidas porém pouco vistas. Ao estabelecer relações de não- hierarquia com a realidade material o corpo de Margit se desprende de uma identidade fixa para se definir, através da ação, com um corpo entre outros corpos no aqui e no agora. Força Estranha é um trabalho inédito da artista portanto não existe senão como potência no tempo. E é dessa potência que surgem as imagens que serão vistas pelo espectador.
Artista: Margit Leisner
Classificação 18 anos | aproximadamente 30min | Curitiba-PR | GRATUITO
PERFORMANCE/NÃO PERFORMANCE
PERFORMANCE
03 de abril às 17h na Galeria Ponto de Fuga
A performance é a Parte 2 da série #WhatIsPerformanceArt e irá buscar dois estados: Performance e não-performance. No estado de performance uma câmera será utilizada para registrar e mostrar ao vivo o que o próprio artista verá durante as suas ações. Na não-performance o registro prévio será exibido para amplificar a natureza dupla da performance explorada pela existência de uma performance através do seu desaparecimento automático.
Artista: Alexander Del Re
Classificação 18 anos | aproximadamente 30min | Chile | GRATUITO
UM RIM DIREITO
PERFORMANCE
03 de abril às 18h na Galeria Ponto de Fuga
Última performance criada por Fernando Ribeiro, explora algo novo em seu percurso artístico: tratar de uma questão autobiográfica. Esta performance foi apresentada no ZAZ Festival em Israel, em dezembro de 2018.
Artista: Fernando Ribeiro
Classificação 18 anos | aproximadamente 30min | Curitiba-PR | GRATUITO
CONVERSAS
EX MISS FEBEM, ETC. – PORTFOLIO EXTRAVAGANZA POR ALETA VALENTE
PALESTRA
04 de abril às 17h na Boiler Galeria
Aleta Valente é artista visual de Bangu, Rio de Janeiro. A sua prática é relacionada à @ex_miss_febem, personagem que ganha vida nas redes sociais. Aleta irá conversar sobre a sua prática, que engloba a publicação de uma vasta coleção de imagens em vídeo e fotografia. Ao desnudar horizontes da imagética cotidiana raramente vista, Aleta nos dá acesso à sua navegação desbravadora. Atualmente, é possível acompanhar as publicações de Aleta no Instagram pelo perfil @ex_miss_febem2.
Artista: Aleta Valente
Classificação 18 anos | 120min | Rio de Janeiro – RJ | GRATUITO
PEQUENOS ACIDENTES & SINAIS DE TERROR – PORTFOLIO EXTRAVAGANZA POR FABIO NORONHA
PALESTRA
05 de abril às 17h na Plataforma Flex – PF
A conversa compreende alguns casos presenciados pelos artista em que a censura rondou sua produção; alguns questionamentos sobre a “censura consentida” pelos usuários das redes sociais; e, mais especificamente, colocar em pauta alguns mecanismos de verificação do campo da arte. Assuntos como medição dos aparelhos pela computação das redes telemáticas; disrupção de formas de aquisição/distribuição de informação causada por tecnologias como o compartilhamento Peer-to-Peer (P2P), a apropriação de conteúdos com seus deslocamentos de territórios e densidades culturais distintas também serão abordados na palestra.
Artista: Fabio Noronha
Classificação 18 anos | 150 min | Curitiba-PR | GRATUITO
PERFORMANCE E PRODUÇÃO DE MEMÓRIA SOBRE A PERFORMANCE ARTE – PORTFOLIO EXTRAVAGANZA POR ALEXANDER DEL RE E PAULO REIS
PALESTRA
O6 de abril às 17h na Plataforma Flex – PF
Se a performance é a arte da presença, qual o lugar da narrativa sobre uma performance à partir de seus registros? Esse tem sido um dos paradigmas que atravessam o campo das práticas conhecidas como live art ou arte viva. Qual a diferença crucial entre uma vídeo-performance e o registro em vídeo de uma performance realizada? A produção de memória que se perpetua para além das imagens vividas em uma performance é um dos assuntos a serem elaborados nesta conversa.
Palestrantes: Alexander Del Re (performer e organizador do Festival Perfolink, Chile) e Paulo Reis (historiador e curador)
Classificação 18 anos | 180min | Chile / Curitiba-PR | GRATUITO
Notes from a trembling community in a wilful state of flux //
Notas de uma comunidade trêmula em estado voluntário de fluxo
Inspirando-se nos escritos do poeta e filósofo Édouard Glissant (1928-2011) Notas de uma comunidade trêmula em um estado voluntário de fluxo focaliza o movimento e a multiplicidade da linguagem, da identidade cultural e da produção de conhecimento.
Com o seu livro Poetics of Relation (1990), Glissant oferece-nos uma ferramenta para reimaginar as questões mais pertinentes do nosso tempo. "Em vez de lugares fixos de origem, ele oferece locais de conectividade, onde várias histórias e modos de ser podem coexistir. Em vez de raízes, ele oferece o processo dinâmico de crioulização, uma poética definida por sua abertura à transformação. Em vez de um mundo de nações, ele oferece o arquipélago, uma imagem do mundo em que estamos todos conectados, permanecendo distintos. ”[1] Um dos princípios norteadores no pensamento de Glissant, assim como esta exposição, é o conceito de opacidade (opacité). A opacidade, ao contrário da transparência, acolhe o intraduzível e incognoscível. Glissant reivindica um "direito à opacidade" e convida as pessoas a aceitar o que elas não entendem.
Notas de uma comunidade trêmula ... experimenta com diferentes modos de relação e produção através do trabalho colaborativo reimaginando o processo de criação de exposições. O ponto de partida para o projeto é uma casa residencial em Berlim, onde um grupo flutuante de artistas, cientistas sociais, crianças, músicos, curadores, trabalhadores e pensadores se reuniram em julho passado. Aqui, partindo do princípio organizador de uma refeição diária em conjunto, inauguraram um processo de pesquisa sobre as fronteiras poéticas, distinguindo-as e conectando-as. Desde então, o convite para contribuir foi aberto a uma rede mais ampla de amigos e pessoas afins em todo o mundo.
A instalação na HMK não é pensada como a fase final do projeto, mas como outra fase de um diálogo mais longo, usando as ideias de Glissant como metodologia e praxis, conectando múltiplas vozes, mantendo suas características distintivas. Notas de uma comunidade trêmula ... é concebida como um arquipélago de quatro dimensões, dando ao público a possibilidade de desenhar suas próprias linhas para este projeto em andamento através de trabalhos em andamento, som, vídeo, performance, imagens e idéias.
A exposição integra o programa atual da HMK: UNDERCURRENTS
Exposição de 7 de Setembro a 20 de Outubro 2018
Com: Tomás Bartoletti, Oliver Bulas, Season Butler, Coletivo Kókir, Maurits Koster, Judith Lavagna, David Magnus, Mahony, Gerald Mandl, Luz Peuscovich, Pablo Pijnappel, Esper Postma, Aiko Tezuka, Leo Zhao
Hotel Maria Kapel (HMK)
Korte Achterstraat 2a
1621 GA Hoorn
The Netherlands
www.hotelmariakapel.nl
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O. (performance) – foto Hagolani – Berlim, 2011
Práticas de um corpo-matéria
por Elisabete Finger
28,29 e 30 de maio
9 - 13 hs
Valor: R$260,00 (equivalente a meia-bolsa)
Local
Sala Brasileira - Companhia Brasileira de Teatro
Rua José Bonifácio, 135 | sala 01 | Largo da Ordem
Carga horária
3 encontros de 4h
Total: 12h
Público Alvo
Artistas, criadores, estudantes, e interessados em artes do corpo. Adultos, maiores de 18 anos.
Inscrições e informações por email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Esse workshop reúne um repertório pessoal de exercícios, ações e experiências coletados ao
longo de anos, em diversas partes do mundo. Inclui também alguns princípios coreográficos,
células de movimento e estratégias de ação nos quais venho trabalhando. Compilo aqui
meus estudos práticos e teóricos em torno do que tenho chamado de corpo-matéria. Um
corpo que é a sua própria materialidade: carne, ossos, líquidos, pele, pelos. Um corpo que
tem propriedades de matéria (peso, volume, textura, cheiro, temperatura, cor) e que
encontra sua presença no mundo através do encontro (ou do choque) com outras matérias.
Um corpo erótico (nos termos de George Bataille), que se relaciona com tudo que está em
volta através da proximidade, do toque, de atravessamentos.
E a aventura de viver esse corpo num mundo material onde as coisas possuem a estranha
habilidade de exceder seu status de objeto.
Estrutura
Cada encontro se divide em duas partes:
Parte 1 – Prática corporal e preparação física. Contém pequenos rituais de ativação do
corpo-matéria. Envolve movimento, respiração, concentração, pequenas meditações e
breves células coreográficas. Duração aproximada: 1h 15 a 1h e 30min.
Parte 2 – Experiências voltadas para a pesquisa de estados corporais gerados a partir do
corpo-matéria, relações possíveis entre corpo e outras matérias, experimentos e estratégias
de criação e composição de situações coreográficas. Duração aproximada: 2h a 2h 30.
Elisabete Finger
Coreógrafa e performer, foi artista residente na Casa Hoffmann (Curitiba, 2004), fez parte da Formação Essais no Centre National de Danse Contemporaine d’Angers (França, 2005-2006), e do Programa SODA – Solo/Dance/Authorship, mestrado em dança pela HZT/UdK (Berlim – Alemanha, 2010-2011). Foi co-fundadora e integrante do Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial (2005-2012). Tem apresentado seu trabalho em diferentes contextos (dança, performance, artes visuais), em diversos festivais e mostras no Brasil e em outros países, com apoio de instituições brasileiras e europeias como: Itaú Cultural, Festival Panorama, FUNARTE, Ministério da Cultura, Instituto Goethe, PACT Zollverein, Fabrik Potsdam, Uferstudios (DE), Weld (SE), entre outras. Em 2013 inicia no Brasil o programa Discoreografia – Música, Dança e Blablablá (versões em áudio e vídeo), do qual é idealizadora, curadora e apresentadora. Suas peças mais recentes são MONTAGEM, NHAKA (criação para a Cia portuguesa Ballet Contemporâneo do Norte) e MONSTRA (uma parceria com a artista visual Manuela Eichner, a peça foi indicada para o prêmio APCA 2017 – criação/coreografia).